Na última quinta-feira (29) ocorreu a reunião do Comitê Estadual do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), do qual a Associação Cearense de Imprensa (ACI) faz parte. Estiveram presentes o presidente da ACI, Helly Ellery, bem como o diretor Antônio Lima Júnior, segundo secretário da atual diretoria.
Buscando a rearticulação do Fórum no Estado, foi eleita uma Coordenação Estadual provisória, até a realização de um encontro estadual do FNDC ainda esse ano, para atualizar o plano de lutas do Fórum no Ceará e legitimar uma Coordenação Estadual efetiva. Na composição da Coordenação Estadual estão Antônio Lima Júnior, representando a ACI; Bruna Vieira, representando o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e Hamurábi Duarte, do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado do Ceará (SINTTEL).
Na avaliação do diretor Antônio Lima Júnior, “a participação da ACI na Coordenação Estadual do FNDC é reflexo do compromisso da entidade para com a pauta da democratização da comunicação no Ceará, buscando a retomada da construção do Fórum como ferramenta de mobilização e avanço das políticas públicas de comunicação, cujo papel a ACI tem tido de forma essencial nesse e em outros espaços”. O diretor já participou presencialmente dos Encontros Nacionais do FNDC em Brasília (2017) e São Luís (2019), bem como da última plenária nacional, realizada em março deste ano em São Paulo, em formato híbrido. Durante os três eventos, representou a ACI.
O FNDC congrega entidades da sociedade, com mais de 500 filiadas, entre associações, sindicatos, movimentos sociais, organizações não-governamentais e coletivos que se articulam para denunciar e combater a grave concentração econômica na mídia, a ausência de pluralidade política e de diversidade social e cultural nas fontes de informação, os obstáculos à consolidação da comunicação pública e cidadã e as inúmeras violações à liberdade de expressão.
Em 2012, o FNDC e entidades do movimento social lançaram, a partir da Plataforma para o Marco Regulatório das Comunicações, a campanha “Para Expressar a Liberdade”.A campanha denuncia a concentração, a ausência de pluralidade e diversidade nos meios de comunicação brasileiros, tendo como principal instrumento de luta a “Lei da Mídia Democrática”, um projeto de lei de iniciativa popular que propõe a regulamentação para o setor de rádio e televisão no Brasil. Em 2016, o FNDC lançou a campanha Calar Jamais!, para denunciar violações à liberdade de expressão em curso no país. A campanha foi uma reação ao avanço do conservadorismo e da ruptura democrática ocorrida com a deposição da presidenta Dilma Rousseff.
Em março deste ano, o FNDC elegeu sua nova direção nacional, durante a 24ª Plenária Nacional da entidade, com a participação de 56 delegados de entidades nacionais e de comitês estaduais do Fórum, além de 34 observadores, em formato híbrido. No total, foram cerca de 90 participantes da plenária, entre aqueles e aquelas que estiveram presencialmente em São Paulo e os que participaram de forma remota pela internet. A plenária aprovou também o Plano de Ação do FNDC até 2025.