Por Antônio Lima Júnior, jornalista e diretor da Associação Cearense de Imprensa (ACI)
O jornalismo esportivo hoje tem falado muito sobre o Nordeste no futebol e isso tem sido fruto do bom desempenho das equipes nordestinas em várias modalidades. Na Olimpíadas de Tóquio deste ano, os atletas nordestinos representaram 35% dos medalhistas individuais do Brasil, com destaque para 4 das 7 medalhas de ouro conquistadas.
No futebol, a minha querida terra, o Ceará, está em destaque. O Fortaleza Esporte Clube está hoje no topo do G4 do Campeonato Brasileiro e nas semifinais da Copa do Brasil, depois de bater o time do São Paulo. O Ceará Sporting Clube continua em boa fase na Série A, disputando vagas na Libertadores e na Sul-americana. Em outras disputas nacionais, temos os clubes Ferroviário e Floresta na Série C e os clubes Atlético Cearense, Guarany de Sobral e Caucaia.
Voltando para a região, o Nordeste tem hoje uma taça própria, a Copa do Nordeste, popularmente conhecida como Lampions League, disputadíssima, onde os clubes dos principais estados, como Ceará, Bahia e Pernambuco, competem como Brasil e Argentina competem a Libertadores no número de títulos.
A expressão desse crescimento do Nordeste no âmbito esportivo se expressa no jornalismo em específico, com mais jornalistas e demais profissionais de imprensa tecendo suas opiniões sobre os clubes nordestinos em vários veículos de comunicação. Nas entidades não seria diferente, com hoje a ABI abrindo mais espaço para os profissionais da imprensa que vivem no Nordeste, o que é bastante louvável.
Em agosto, estive na edição mensal do ABI Esporte, completando o quadro de convidados representando a região do Nordeste, como torcedor do Ferroviário, ao lado dos jornalistas Caco Schmitt, Cid Benjamin e Camilla Shaw, com mediação do jornalista Marcos Gomes. A tendência é que mais profissionais de imprensa do Nordeste estejam em destaque nos espaços da ABI, na perspectiva de consolidar e nacionalizar o papel da entidade e fortalecer a luta pela liberdade de imprensa e a defesa da comunicação como um instrumento da democracia, lembrando que ainda hoje o Brasil é um país que enfrenta diversos preconceitos, tendo o xenofobismo contra o Nordeste ainda uma questão latente. Então caros colegas, preparam-se, pois o Nordeste está invadindo campos e páginas!